"Um texto dos dias de hoje" - Jorge Silva Melo
"Fazer um texto - um texto, um texto, um texto! - dos dias de hoje. Tão de hoje que até haverá partes em que as personagens verão a TV do dia e lerão os jornais da véspera ou desse mesmo dia. Um dia, em que toda a Lisboa andará cantando um qualquer hit que, se fosse em 1993, teria sido o "Esta vida de Marinheiro" e em 1994... o senhor Abrunhosa, que é o que há... Um texto de hoje com as palavras de hoje. [...] ...por que é que em vez de "Temos que trabalhar" tem sempre no teatro que se dizer coisas como "Um pouco mais de luz e eu era brasa!" com voz trémula? Por que é que a poesia do teatro é tão bafienta e deixamos ao rock as palavras dos nossos dias? [...] ...queremos falar de pessoas que sobrevivem e se esganam por sobreviver hoje mesmo. Pessoas como tu e eu que também temos o direito de entrar em cena..."
Jorge Silva Melo
prefácio de António, um rapaz de Lisboa, Edições Cotovia, 2005
Jorge Silva Melo
prefácio de António, um rapaz de Lisboa, Edições Cotovia, 2005
Comentários